As bacteremias de origem endodôntica (canal dentário) podem trazer sérios prejuízos a saúde do paciente. A endocardite infecciosa, por exemplo, resulta da invasão de microorganismos em tecido endocárdico ou material protético do coração.
A simples presença do foco infeccioso na região periapical dos dentes, pode por si só, mesmo sem manipulação, causar colonização pela aderência do microorganismo (bactérias ou fungos) na valva deformada por via hematogenica. O tratamento da endocardite infecciosa exige internação por longo período (mínimo de 1 mês), e utilização de antibióticos endovenosos em altas doses. A mortalidade é alta, em torno de 25%, e a necessidade de cirurgia cardíaca acontece em 35% dos casos devido a complicações clínicas como agravamento da lesão valvar, insuficiência cardíaca, embolias sépticas sistêmicas, insuficiência renal etc…
Risco semelhante acontece para os pacientes ortopédicos que receberam ou irão receber próteses articulares. Atualmente, buscando grande melhora na qualidade de vida, pacientes estão se submetendo cada vez mais a implantes articulares, principalmente na região de bacia e joelhos. Estas próteses podem também ser infectadas por bacteremias provenientes de focos infecciosos distantes, como os de origem endodôntica. A literatura mundial revela que entre 1% e 5% dessas próteses tornam-se infectadas por algum motivo.
Tendo em vista que a maioria dos pacientes que se submetem à esta intervenção são idosos e que o procedimento requer ato cirúrgico longo e de custo elevado, a avaliação endodôntica do paciente e tratamento devem ser executados previamente.
Outro grupo que deve dedicar atenção especial às possíveis bacteremias de origem endodôntica são as gestantes. Se possível , mesmo antes da gravidez, a futura mamãe deve passar por avaliação com um especialista para detectar a necessidade de intervenção.
Infecções presentes no organismo da gestante podem gerar uma resposta que irá atingir o sistema feto-placentário. As reações inflamatórias produzem estimulação da musculatura uterina, aumentando a contratilidade e a dilatação cervical. O resultado disso pode ser o bebê prematuro e de baixo peso.
O dentista, de forma integrada com os demais profissionais de saúde, em especial o médico que acompanha o pré-natal, deve motivar e promover a saúde bucal da mulher em gestação, oferecendo também cuidado técnico-assistencial apropriado e com a devida segurança.
O período mais favorável para a realização do tratamento endodôntico de rotina situa-se entre o início do segundo trimestre (14 semana) até a metade do terceiro trimestre (35 semana). Porém, o tratamento de urgência deve ser realizado a qualquer momento, já que a eliminação da dor e dos focos infecciosos é de fundamental importância e o adiamento do mesmo poderá resultar em riscos desnecessários para a mãe e o feto.
A manutenção da condição dental do paciente é a melhor prevenção para esses indivíduos. Para maiores informações, entre em contato e agende a sua avaliação
Dr Ismail Abede – Endodontista
NEEO – Nucleo de Ensino e Estética em Odontologia
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